segunda-feira, 16 de julho de 2012


POLÔNIA - POLONESES

POSIÇÃO E POSICIONAMENTO

Observa-se em pronunciamentos, nas  mais diversas ocasiões,  por autoridades e não autoridades, um desconhecimento da contribuição efetiva e eficaz do imigrante polonês em terras brasileiras. Chega de citar a, b, c – e, às vezes, os poloneses.
As razões são muitas. Acreditamos que todos nós podemos trazer luzes e contribuições para iluminar este desconhecimento.

Uma das razões  no Período das Ocupações, quando os imigrantes vinham com Passaportes redigidos na  língua do País ocupante, e tidos como cidadãos deste. O início também foi de muito sofrimento porque, não havendo soberania, não havia quem exigisse do Império/República do Brasil um tratamento mais digno, como aconteceu com outros imigrantes. Ficaram à própria sorte. O que minimizou  as agruras foram: o ativismo de alguns líderes e a assistência religiosa.

Para se situar:
1772 – 1ª. partilha: Rússia – lado Leste; Áustria – Sul e Prússia – lado Oeste.
1793 – 2ª. partilha: Rússia – Leste e Prússia – Oeste.
1795  - 3ª. partilha: Rússia, Áustria e Prússia ocupam o restante do território, desaparecendo como País soberano.
           

QUANDO RECUPERA A INDEPENDÊNCIA?
            Ao final da 1ª. Guerra Mundial: 11/11/1918. Hoje uma Data Nacional.
             São dois períodos  de maior contingente a emigrar: antes da Primeira Guerra  Mundial
 e no período logo após a mesma. A grande massa emigra: para outros países europeus, para  a África e também  transoceano: para as Américas.  Mais tarde, para a Austrália.

IMIGRAÇÃO  - PESSOAS / GRUPOS / DATAS
            O dito popular de que uma mentira, de tanto ser repetida, vira verdade, ignorar a história, vira uma certa verdade. Mas, por convicção e por respeito ao heroísmo desta GENTE COM ASAS, insistiremos em datas e fatos,  num primeiro momento, sem perder de vista a atualidade. Procuraremos sempre informar obras que surgem sobre a presença polonesa em território brasileiro, sempre que tivermos este conhecimento.


LEITURAS ESSENCIAIS PARA UMA oportuna e primeira  VISÃO PANORÂMICA

                  Importante ler estas obras para conhecer alguns fatos – distantes de hoje -  determinantes e, assim, melhor usufruir da grande riqueza em obras de autores – alguns de Erechim - que abordam  a temática da Imigração Polonesa, localizando-a por Estados, Regiões, Municípios, Famílias, o que faremos nas postagens  que virão.
             As  fontes para consulta e pesquisa são muito variadas: bibliografia, casas de  memória, museus, arquivos, locais históricos, cemitérios, pessoas-fonte, organizações polônicas, etc. A bibliografia é muito extensa e rica. E, se contar com a colaboração dos amigos, poderemos tê-la muito completa e atualizada, surgindo obras cada vez mais obras científicas, surpreendentes e inéditas na sua abordagem. O ser humano na sua dimensão histórica, ator e autor da mesma, queiramos ou não, é o foco.

GLUCHOWSKI, Kazimierz. Os poloneses no Brasil. História da emigração e colonização polonesa no Brasil. Tradução Mariano Kawka. Porto Alegre: Rodycz & Ordakowski Editores, 2005.
Gluchowski foi o primeiro Cônsul da República da Polônia a assumir o Consulado Geral em Curitiba – cuja abertura oficial se deu em 19 de março de 1920 – criado quando termina a Primeira Guerra Mundial e  o País volta à sua soberania. Sob sua jurisdição estavam: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso. Percorreu locais longínquos e descreveu a situação em que se encontravam os Imigrantes e suas famílias. Permaneceu no Brasil de 1º. de janeiro de 1920 a 1º. de maio de 1922.

ENCICLOÉDIA RIO-GRANDENSE. Imigração. GARDOLINSKI, Edmundo. Canoas RS: Regional. 1958. V. 5.

SUPERINTENDÊNCIA DO CENTENÁRIO DA IMIGRAÇÃO POLONESA NO PARANÁ (1973: Curitiba). Anais da comunidade Brasileiro-Polonesa. Curitiba: Gráfica Vitória, 1973. 7v. 136p.
            A maior parte do sétimo volume publica, entre outros artigos, as importantes descrições e análise de viagem com relação à imigração polonesa para o Brasil, do ativista social polonês Antônio Hempel, em 1891. Nesta obra escreve também sobre as colônias polonesas do Rio Grande do Sul.

---.----.Curitiba: Imprimax, 1970. 1v. 130p.
            Aproveitando as comemorações do centenário da imigração polonesa no Paraná, a superintendência das comemorações, editando Anais da Comunidade Brasileiro-Polonesa, publicou documentos históricos. A publicação de tais fontes primárias visa contribuir para o desenvolvimento dos estudos históricos referentes à imigração polonesa no Brasil.


GARDOLINSKI, Edmundo. Escolas da colonização polonesa no Rio Grande do Sul. Porto Alegre/ ESTSLB Caxias do Sul / UCS. 1976.

STAWINSKI, Alberto Victor. Primórdios da Imigração Polonesa no Rio Grande do Sul. Porto Alegre.1999 Edições EST. 194p.

MALCZEWSKI, Zdzislaw [Orgs]. Projeções: Revista de estudos polono-brasileiros. BRASPOL – SOCIEDADE DE CRISTO – CESLA. Curitiba, Edição semestral – Ano I – 1/1999. 103p.

OBSERVAÇÃO: Padre Piton, que viveu no Brasil grande parte de sua vida sacerdotal, retornando à Polônia, registrou suas pesquisas com muita precisão de grande parte do Brasil. Alguns registros são únicos e até desconhecidos. Encontram –se na Universidade Jagiellônica, em Kraków. Alguns escritores brasileiros já pesquisaram na referida fonte, recentmente.

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CULINÁRIA E CULTURA
A cozinha de cada país reflete muito mais do que a simples luta pela sobrevivência, ou seja, necessidade de se alimentar, pois representa muito mais do que usos e costumes de um povo, sua organização social, sua cultura.
A nobreza e a plebe mesclaram temperos, ingredientes, carnes selvagens e domésticas e assim se enriqueceram mutuamente, com o passar dos séculos. Uns povos aprenderam com os outros as suas descobertas gastronômicas. Os reis, ao se casarem com princesas de outros países, além de receberem sua esposa, recebiam um séquito de pessoas para os vários serviços e para as Artes. Igualmente o clima, o relevo, a gama de produtos agrícolas, as hortas e os pomares, as frutas silvestres e os animais e seus derivados às vezes são comuns a determinados países, a grandes extensões territoriais. Daí a semelhança nos ingredientes. Porém, há sabores bem específicos no resultado final dos pratos mais representativos da cada etnia, que se conservam até hoje, embora haja sempre muitas novidades na arte dos temperos.
A arte da gastronomia se dilui no dia-a-dia e o esmero da cozinheira nem parece ou aparece quando as pessoas sentam para uma refeição. Mas a cozinha é um laboratório de confidências, de troca de ideías, de descobertas, de confiabilidade. Nada é mais gratificante do que o elogio depois, pois a mesa é um lugar sagrado em que se celebra a vida que nos antecedeu. E a cozinha dá o tom.


ENCONTRO DAS ETNIAS POLONESA E ITALIANA
COM O MELHOR DA GASTRONOMIA
         A cada encontro as Etnias vão afinando os instrumentos e buscando a melhor harmonia para o benefício do coletivo. Não esperem para última hora. Procurem os grupos étnicos e a ACCIE para adquirir o ingresso, participando de um evento que marcará época, como tantas vezes aconteceu. Reúna oito amigos, reserve sua mesa e, tudo indica, será uma noite inesquecível. Todos se sintam incluídos.
Dia 04 de agosto, às 20h, no Pólo de Cultura da ACCIE:
Pierogi salgado                       Porchetta romana
Pierogi doce                           Arroz branco
Pierogi de batata                   Arroz à grega
Costelinha suína                    Batata ao forno
Salada polonesa                    Salada / pão
Ingressos: ACCIE – 3522-1907 e com os Grupos Étnicos
Valor do ingresso: R$30,00

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